Sempre que vou para shows de bandas independentes de Brasília eu já saio de casa com o pensamento "vai ser uma bosta", porque ou as banda são ruim ou o lugar é ruim. Ontem conseguiram fazer o c-c-c-o-ombro breaker.
Ao chegar eu vejo aquele aglomerado de criança estranha, criados pela avó e leite de pera. Cabelinhos alisados pelo hair-life e calças mais apertadas que salário de operário. OKEI! Eu já estou acostumado com esta raça inferior, não era a primeira vez que seria obrigado a aturar emos que acreditam ser indies mas na verdade são apenas crianças que nunca assistiram mundo de beakman e não sabem que de fato eles são mentalmente pobres.
Logo na entrada uma amiga nos liga para informar que o local não venderia bebidas alcoólicas o que já explicava o fato de 70% do público estar do lado de fora. Não que me importasse este fato pois era o motorista da vez (como sempre). Adentramos ao evento logo após uma revista ridícula de seguranças que acham que um cordão poderia virar uma arma somente porque o mesmo possuia uma miniatura de soco inglês. Após uma breve discussão e humilhação verbal com a segurança que tentou impedir a entrada com o cordão fomos passar o tempo até a hora das bandas que interessavam (sim as outras bandas são ruins que não vou nem dizer o nome delas).
Pensei com minhas castanholas: "É show de rock ou visita a papuda?"
Eu não consigo achar uma explicação razoável para ter tantos menores neste evento. Alguns eram tão pequenos que a presença dos pais e suas havaianas e blusas que exaltam a circunferência da pança, foram necessárias. Acredito que o filho conseguiu convencer o coroa de que seria um evento tranquilo só com os miguxinhos. Ledo engano. Detesto rodas de punk, acho coisa de quem possui baixo Q.I e baixa auto-estima e obviamente algum paizão também não gostou e se despirocou para chamar um segurança que rapidamente, brutalmente, sagazmente apanhou o garoto que iniciou a roda e arrastou para fora. Acho que este foi apenas um ponto positivo no evento (sim gosto quando seguranças pegam a molecada na porrada) porque a cena se repetiu noite adentro.
Finalmente veio o tal do lançamento do EP da Banda imaginária que foi um dos motivos pelo qual paguei 15 reais para ir. Criei uma expectativa sobre a banda por conhecer os membros, mas não sou tiete e infezlimente eles não fizeram um bom show na minha humilde opinião.
Calor dos fãs
Logo em seguida viria a banda mais esperada pela grande maioria: a tal da Hevo84 e por este motivo a galera se aglomerou de cunforça na frente do palco esmagando a primeira fileira formada por tietes. Após insistência inútil da produção de afastar as pessoas, eles passam a mangueira de incêndio do local e fizeram uma tosca barreira. A bandinha toca demonstrando o que eu já sabia, os jovens de hoje não tem nenhum bom gosto musical nem estético, já que todos os integrantes da banda Hevo são singularmente feios e bizarros e suas letras são tão interessantes quantas a do MC Catra. Isso sem falar na mendigagem do vocalista para que as pessoas peçam nas rádios sua música.
Seu Francisco feelings
O show que deveria durar o suficiente para fazer valer o ingresso foi cortado para apenas meia-hora sem a menor justificativa ao público. E para fechar com chave de ouro, o vuco vuco na hora das fotos com a banda foi tão grande que alguém quebrou um vidraça atirando uma pedra
Organização ruim é elogio faltou muito para que fosse um show decente, eu não acho que Legião Urbana fazia shows assim, e acredito que Capital Inicial faziam com suas guitarras vibrassem na alma e não explodindo meus tímpanos. Que sirva de lição para quem sabe na próxima eles fazerem o público feliz.
E não se chateiem com minhas opiniões ao invés disso, coloquem um sorriso nessas caras. Afinal não perderia meu tempo se não tivesse um pouco de fé em vocês.